As acadêmicas do curso de Nutrição da Católica de Joinville, acompanhadas pelo coordenador do curso, professor Paulo Viteritte e da professora Fabíola Possamai, responsável pela disciplina de Sociologia e Antropologia da Nutrição, estiveram no último dia 3, no Parque Estadual do Acaraí – São Francisco do Sul, em visita técnica.

Recepcionados pelo geólogo e professor Tarcísio Possamai, os visitantes puderam conhecer algumas características da região relacionadas ao clima, flora e fauna.

As acadêmicas Marilú Steuernagel, Ana Carolina Goerz e Síntia Kobus gostaram da explicação sobre o desenvolvimento dos musgos, que precisam de 50 anos para atingirem um diâmetro de cerca de 5 cm. Sabendo que há ocorrência de retirada dessas plantas por pessoas que frequentam o parque, compreenderam a importância do conhecimento sobre a natureza para poder resguardá-la. Seguramente, essas pessoas desconhecem o ciclo de vida da flora local e da importância da preservação.

 Outro ponto interessante, para as acadêmicas Tayna Pereira de Melo, Ana Laura da Costa e Vanessa Gonçalves, é o fato de que a vegetação cria, de certa forma, o seu ambiente, diferentemente da teoria de que cabe somente ao ambiente definir o tipo de vegetação existente em determinado local. “As alunas consideraram também fundamental o cuidado que a população local tem com as espécies de fauna lá encontradas. As populações locais conhecem com muita propriedade o tempo da desova, diferenciam macho e fêmea, filhote e adulto”, confirmou a professora.

Já a aluna Morgana Virgilina Garcia  valoriza a forma de vida da população local que ao preservar a vida do parque, garante a sua própria existência. 

Para Adriana Aparecida de Andrade, outro aspecto que chama atenção é o movimento das marés que estão avançando a exemplo de Barra Velha e Piçarras, como um processo natural. Da mesma forma, o fato de que em época de chuvas o ambiente do parque se torna, em parte alagadiço, com águas que chegam, nas trilhas, quase ao joelho, por conta da presença do aquífero Guarani.

De acordo com a professora Fabíola, a experiência de conhecer esse local e suas peculiaridades foi muito proveitosa. “A turma se despediu alegre com a possibilidade de voltar para passar o dia com a comunidade local, conhecer seu modo de vida, seus costumes, sua visão de mundo e saborear a cambira”, destacou.