Resultado da pesquisa
A pesquisa revelou 5 segmentos de baladeiros, que se diferenciam pelas motivações envolvidas na ida a festas e baladas. Segundo o professor Karlan Muniz, os tipos encontrados refletem interesses diferentes dentro de uma mesma festa: tem gente concentrada em curtir a atração musical, outros estão ali para fugir da rotina, e outros estão em busca de romance. A maioria das motivações envolve aspectos emocionais, metas naturais envolvidas com uma atividade de lazer.
Os cinco grupos de baladeiros identificados boêmios, fugitivos, caçadores, expectadores e notáveis podem ser encontrados na mesma festa, e até convivem em relativa paz. Uma casa noturna pode desejar criar espaços e serviços para cada grupo se sentir bem, como pode existir empresas do setor cujo enfoque seja em um único grupo, como boêmios e/ou expectadores. Claro que, podemos dizer que, por exemplo, o grupo dos Boêmios pode ficar incomodado com um evento que nitidamente está cheia de Caçadores e Notáveis, rejeitar a festa e não retornar, confirma o professor.
A pesquisa ainda tem alguns dados adicionais, pois com a comparação dos grupos se verificou que, por exemplo, aqueles que mais compram roupa nova para a balada (o grupo das Notáveis ficou com o troféu), aqueles que mais gastam dinheiro dentro da balada (os Caçadores ficaram em primeiro lugar) e quais os perfis mais fiéis, ou seja, que costumam repetir a mesma balada (os Fugitivos e as Notáveis são os que mais repetem as baladas).
De fútil não tem nada
O mercado de festas e baladas foi escolhido porque representa um setor em evolução profissional e gira uma economia expressiva, além de envolver boa parte dos jovens desta geração no país. Trata-se de um tipo de lazer democrático. Esse tipo de lazer é universal, e existem baladas para todos os gostos e bolsos., afirma o professor da Católica de Santa Catarina. A pesquisa ainda tem contribuição relevante no sentido de expor para a sociedade, quem está consumindo estas festas, possibilitando uma análise mais aprofundada que pode resultar em políticas públicas e direcionamento em termos de estratégias de educação. De fútil, portanto, esse tipo de informação não tem nada.