Pesquisa sobre interesse e consumo de festas, do Professor Karlan da Católica de Santa Catarina é publicada na revista Isto É

O que os jovens procuram quando vão para a balada? Quais as motivações para consumir estas festas? Uma pesquisa inédita feita pelo professor da Católica de Santa Catarina e doutorando em administração pela PUC/PR, Karlan Muniz juntamente com o pesquisador Wesley Vieira da Silva, com 690 internautas de todas as idades (81% entre 18 e 30 anos) e que frequentam baladas com regularidade (pelo menos uma vez por mês), procurou revelar os motivos do consumo festas e baladas e o perfil dos frequentadores dessas festas. E revelou aquilo que pode fazer da festa um sucesso ou uma verdadeira chateação. Os resultados da pesquisa ganharam projeção nacional, divulgados por reportagem em de uma das publicações mais respeitadas do País, a Revista Isto É, com tiragem que ultrapassa os 370 mil exemplares por edição.
A pesquisa será apresentada na próxima semana, no Rio de Janeiro, no 35º Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, reconhecido como o maior congresso acadêmico dessa área no Brasil.

Resultado da pesquisa

A pesquisa revelou 5 segmentos de baladeiros, que se diferenciam pelas motivações envolvidas na ida a festas e baladas.  Segundo o professor Karlan Muniz, “os tipos encontrados refletem interesses diferentes dentro de uma mesma festa: tem gente concentrada em curtir a atração musical, outros estão ali para fugir da rotina, e outros estão em busca de romance. A maioria das motivações envolve aspectos emocionais, metas naturais envolvidas com uma atividade de lazer.”

Os cinco grupos de “baladeiros” identificados – boêmios, fugitivos, caçadores, expectadores e notáveis – podem ser encontrados na mesma festa, e até convivem em relativa paz. Uma casa noturna pode desejar criar espaços e serviços para cada grupo se sentir bem, como pode existir empresas do setor cujo enfoque seja em um único grupo, como boêmios e/ou expectadores. “Claro que, podemos dizer que, por exemplo, o grupo dos Boêmios pode ficar incomodado com um evento que nitidamente está cheia de Caçadores e Notáveis, rejeitar a festa e não retornar”, confirma o professor.

A pesquisa ainda tem alguns dados adicionais, pois com a comparação dos grupos se verificou que, por exemplo, aqueles que mais compram roupa nova para a balada (o grupo das Notáveis ficou com o troféu), aqueles que mais gastam dinheiro dentro da balada (os Caçadores ficaram em primeiro lugar) e quais os perfis mais fiéis, ou seja, que costumam repetir a mesma balada (os Fugitivos e as Notáveis são os que mais repetem as baladas).

De fútil não tem nada

 O mercado de festas e baladas foi escolhido porque representa um setor em evolução profissional e gira uma economia expressiva, além de envolver boa parte dos jovens desta geração no país. Trata-se de um tipo de lazer democrático. “Esse tipo de lazer é universal, e existem baladas para todos os gostos e bolsos.”, afirma o professor da Católica de Santa Catarina. A pesquisa ainda tem contribuição relevante no sentido de expor para a sociedade, quem está consumindo estas festas, possibilitando uma análise mais aprofundada que pode resultar em políticas públicas e direcionamento em termos de estratégias de educação. De fútil, portanto, esse tipo de informação não tem nada.