A partir de hoje, a faixa azul usada sobre o quimono, será apenas uma lembrança de aprendizado e superação para os pequenos caratecas Isaque Abraão dos Navegantes, de 13 anos e Diego dos Santos de 14. Os dois participaram, nesta quinta-feira (23), do Exame de graduação para as faixas amarela e vermelha do karatê. Outras 110 crianças com idade entre 6 e 15 anos, alunos do Projeto Lutar Pela Vida de Jaraguá do Sul e Joinville também fizeram testes de evolução de faixa, uns para a faixa azul, outros para a amarela e outros para a vermelha.

“Nós estamos bem melhores desde que começamos as aulas de karatê. Somos muito bastante, e pretendemos seguir no esporte até os Dans”, enfatizam os garotos, Diego e Isaque explicando que depois da faixa preta a titulação é feita por Dan. Os jovens caratecas participam do projeto desde 2011, ano em que a iniciativa começou as atividades na Comunidade Santa Terezinha no Bairro Aventureiro em Joinville.

O salão da comunidade, local onde foi montado o tatame, também foi ocupado por alguns pais, que acompanhavam ansiosos o momento da avaliação de seus filhos. Foi o caso do trabalhador da construção civil, Angelino Abati, pai do pequeno Gabriel Vitor Abati de 8 anos, que fez a prova para a faixa azul. “Meu filho não gostava muito de esportes. Mas quando ele viu que os amigos da escola estavam fazendo karatê ele logo se animou a participar das aulas. Foi uma boa surpresa para nós. Estamos muito contentes.”, confessa o pai orgulhoso. Para Angelino, além de incentivar a prática do esporte, o Projeto Lutar pela Vida ainda contribui na formação humana e cidadã das crianças.  

A banca examinadora, que avaliou os alunos, foi composta pelos professores karatecas do Projeto, Elisangela Teodoro e Manoel Zacarias e pelo professor e diretor de Projetos Socieducativos da Confederação Brasileira de Karatê Tradicional, Guilherme Carollo, de Curitiba.

Visitando pela primeira vez o Projeto em Joinville, Guilherme elogiou a iniciativa patrocinada pela Católica de Santa Catarina em parceria com o Grupo Marista e ADIPROS de Joinville, e acrescentou que o karatê é apenas uma ferramenta para trabalhar os valores e respeito, educação, igualdade e cidadania, que influenciam para o aprimoramento dos jovens em todos os sentidos.

De acordo com a professora Elisangela, no próximo mês haverá uma cerimônia para a entrega das novas faixas aos caratecas.