Na manhã desta segunda-feira, 8, a Católica de Santa Catarina promoveu uma cerimônia de troca de faixa de 79 crianças que participam do Projeto Lutar pela Vida – iniciativa da Instituição que oferece aulas gratuitas de karatê para estudantes de duas escolas de Jaraguá do Sul e Joinville.
A troca de faixa no karatê significa que o carateca atingiu um nível mais avançado em relação ao conhecimento e técnica adquirida na arte marcial. As cores das faixas são: branca, cinza, azul, amarela, vermelha, laranja, verde, roxa, marrom e preta; a branca é para iniciantes e a preta é para os atletas mais experientes.
O sensei Nelson Mário Aguiler Filho (2° Dan de karatê-do tradicional) explica que os alunos passaram por um exame técnico realizado por ele e pelo sensei Celso Ogasawara (4° Dan), da Federação de Karatê Tradicional de Santa Catarina, para saber se estavam aptos a trocar de faixa. Os quesitos avaliados foram a carência, que é o tempo mínimo para trocar de faixa, e o nível técnico do atleta.
“Muitas crianças do projeto têm potencial para seguir tanto no âmbito esportivo quanto profissional do karatê. Iniciativas como essa são importantes para inserir a criança no mundo do esporte”, comenta. O sensei Nelson destaca que o karatê impacta não só na saúde, mas também no comportamento dos alunos, pois tem como base o resgate de valores como a integridade e o respeito a si mesmo e ao próximo.
Neusa Bottchewicz Resendes, mãe do aluno Lucas Bottchewicz Resendes, de 7 anos, é testemunha dessa transformação. Desde que o menino começou a praticar karatê no começo do ano, passou a tirar notas mais altas e a respeitar mais os pais. Lucas estuda no 2º ano da Escola Wittich Freitag, em Joinville, e passou da faixa branca para a cinza. “O karatê deixou o Lucas mais focado e ele agora é bem mais responsável com a lição de casa. Além de eu não precisar cobrar que faça as tarefas como antes, também está mais educado e tranquilo com a gente”, comenta a mãe.
A cerimônia também foi um dia especial para a aluna do 7º ano da Escola Francisco Solamon, em Jaraguá do Sul, Vitória de Oliveira Souza, 13 anos, que passou da faixa amarela para a vermelha. A menina comenta que começou a praticar karatê para aprender a se defender, mas que a modalidade lhe ensinou outras coisas importantes, como ter respeito com as pessoas que convivem com ela.
Aulas no contraturno escolar
O Projeto Lutar Pela Vida, promovido pela Católica SC, atende crianças das escolas Francisco Solamon, no bairro Santo Antônio, em Jaraguá do Sul, e Wittich Freitag, no Aventureiro, em Joinville, beneficiando cerca de 130 alunos do ensino fundamental. A atividade ocorre dois dias por semana, sempre no contraturno do período escolar.
A iniciativa é do Projeto Comunitário – componente curricular que prevê a realização de atividades sociais nas comunidades onde a Católica SC está inserida, com a participação dos acadêmicos.
Os estudantes interessados precisam cumprir algumas exigências: ter entre 7 e 14 anos, frequência de 100% no ano letivo e nos treinamentos (excluindo-se as faltas com atestado), média acima de 7 no boletim e apresentar bom comportamento dentro e fora da sala de aula.
Iniciativa atende estudantes do ensino fundamental das escolas Francisco Solamon, em Jaraguá do Sul, e Wittich Freitag, em Joinville
Para Vitória de Oliveira Souza, de 13 anos, uma das coisas mais importantes que o karatê lhe ensinou foi o respeito pelas pessoas
Neusa diz que desempenho escolar e o comportamento do filho Lucas melhoraram muito depois que ele começou a praticar a modalidade
