Estudar no exterior, mesmo que seja em um curto período, por meio de intercâmbio, é o sonho de muitos universitários brasileiros, principalmente porque essa experiência e o bom currículo contam bastante para uma carreira promissora. Além do aprendizado técnico, adquirido durante os meses fora do país, essa vivência oportuniza o aprimoramento da segunda língua e o conhecimento enriquecedor e único de outras culturas.
O acadêmico Natã Miccael Barbosa, estudante da 3ª fase do curso de Sistemas de Informação da Católica de Santa Catarina em Joinville, está prestes de alcançar a oportunidade de ocupar um dos assentos de uma centenária universidade. Ele foi aprovado no Programa do Governo Federal “Ciências Sem Fronteiras”, e em março desse ano saberá em qual Instituição irá fazer o intercâmbio, que pode durar de 12 a 15 meses. No momento da inscrição, Natã optou por três Instituições americanas, a UC Berkeley e a Stanford University, na California e Carnegie Mellon University em Pittsburgh na Pensilvânia . “De qualquer forma, estou muito feliz com o andamento do processo e tenho grandes expectativas”, comenta o jovem de 21 anos.
Natã conta que desde o início da graduação sempre esteve atento a oportunidades que contribuíssem na sua formação acadêmica e pessoal. Por isso, quando ficou sabendo que as inscrições para o Programa Ciências Sem Fronteiras estavam abertas, não hesitou. “Desde que iniciei meus estudos na área de tecnologia da informação, fico atento a maneiras de buscar experiências, aprimorar conhecimentos e aprender novos assuntos. Acredito muito que a experiência de intercâmbio resultará em grandes experiências pessoais, culturais e profissionais, tanto para mim quanto para o nosso país, que precisa de mão de obra qualificada para continuar crescendo”, enfatiza o acadêmico, acrescentando que o apoio da Instituição e do coordenador do Curso, professor Maurício Henning, foram muito importantes para o resultado positivo.
Uma das últimas etapas de seleção para o Programa é o teste de proficiência da língua inglesa e o preenchimento de alguns formulários de aplicação para o Instituto parceiro da iniciativa no exterior. Natã fez o teste no final de 2012 e no começo deste ano recebeu a notícia de que havia sido aprovado.
O ano de 2013 definitivamente promete ser de muitas conquistas para o acadêmico. Além de ser aprovado no Programa Ciências Sem Fronteiras, ele também foi convidado pelo coordenador do laboratório de inovação do WorldSkills Foundation, organização mantenedora da competição WorldSkills, para trabalhar no desenvolvimento do projeto de Realidade Virtual em 3D no laboratório de inovação do ITE (Institute of Technical Education), em Cingapura. “Neste projeto, o WorldSkills Foundation participará através do patrocínio de dois profissionais, eu e outro desenvolvedor de software da Holanda, no desenvolvimento de uma plataforma baseada em Realidade Virtual e 3D para o auxílio na educação profissional dos cursos daquela instituição. Por exemplo: os alunos do curso de floricultura poderão conhecer a anatomia da flora sem precisar esperar que as plantas sejam cultivadas. Isso pode trazer grandes benefícios e aumentar ainda mais o interesse e a eficiência de aprendizado dos alunos. Contribuirei através do desenvolvimento de software, testes de software e desenvolvimento de interfaces gráficas/humano-máquina”, explica Natã, que embarca para o país asiático no dia 1º de março, e retorna ao Brasil no final de maio deste ano. Ao final dos 3 meses de trabalho em Cingapura, o acadêmico seguirá em julho deste ano, para Leipzig – Alemanha, onde o projeto será apresentado durante o 42º WorldSkills Competition.
Natã foi campeão na categoria Web Design, na 41º WorldSkills, que foi realizada em Londres, na Inglaterra, em outubro de 2011. O estudante havia concluído o curso técnico no Senai em Joinville quando conquistou a medalha de ouro na competição que envolve mais de 50 países.
O coordenador do curso de Sistemas de Informação, professor Maurício Henning, destaca a dedicação aos estudos e a iniciativa em auxiliar, com o seu conhecimento, os colegas que têm mais dificuldades, como as maiores qualidades do jovem. “O Natã é um aluno exemplar. Dedicado em suas atividades e um exemplo para seus colegas de turma. Fiquei muito feliz em saber que o Natã havia sido aprovado e, além disso, convidado a participar do projeto em Cingapura. Isso é muito gratificante como professor e coordenador do Curso de Sistemas de Informação, uma vez que temos uma proposta nova para Joinville e estamos em pouco tempo colhendo resultados tão significativos. As experiências que o Natã irá adquirir com certeza servirão para acadêmicos e docentes do curso de Bacharelado de Sistemas de Informação”, diz.
O incentivo dos professores da Católica SC e dos dirigentes da Neogrid, empresa em que Natã trabalha há mais de dois anos, contribuem para a motivação e empolgação do jovem. “Acredito que a experiência de poder participar no projeto de inovação tecnológica na Cingapura será de grande valor para minha vida, em todos os aspectos, pois estarei diante de novos desafios profissionais, sendo que esta será a primeira vez que trabalharei com desenvolvimento de Realidade Virtual e 3D. Então acredito que aprenderei muitas coisas novas, que poderão contribuir para o momento e para o futuro da minha carreira e na empresa em que trabalho”.
