O programa é oferecido desde 2003 e foi instituído pelo Ato da Mesa nº 51/2004
O interesse de Luana Holderried em fazer o Estágio-Visita surgiu logo no primeiro semestre de 2024, quando a professora Mara Isa Raulino apresentou o programa aos acadêmicos de Direito. Na oportunidade, ela levou um ex-participante do visita para contar as experiências em Brasília.
Segundo Luana, quando Arthur Vargas entrou para a turma, fez questão em dividir a apresentação que a professora tinha feito com ele e, juntos, decidiram que fariam o possível para viver essa experiência.
Mas somente em agosto a conversa foi retomada. Ao consultar o site, os acadêmicos descobriram que as inscrições começariam na semana seguinte. “Iniciamos, então, o processo para conseguir a indicação do deputado”, explica Luana, que completa: “Enviamos um e-mail e fizemos ligações, e logo no primeiro dia o deputado Fábio Schiochet deu todo suporte necessário para garantir a indicação”, completa. Já Arthur foi indicado pelo deputado Jorge Goetten.
Para participar do Estágio-Visita, os acadêmicos precisam ter 18 anos ou mais, estar matriculado regularmente na graduação ou pós-graduação, além de contar com a indicação dos deputados. Os interessados também precisam enviar uma documentação a ser submetida pelos assessores até a data e horária prevista em edital. O retorno de Luana e Arthur veio depois de 10 dias da inscrição, confirmando que eles haviam sido contemplados com duas das 80 vagas.
O programa:
Antes de viver toda experiência presencialmente, os acadêmicos participaram de uma etapa de Ensino à Distância (EaD). Foram 15 horas de aula, sendo composta por vídeos de curta duração e duas aulas online, ao vivo, feitas pelo aplicativo Zoom. No final, uma avaliação foi feita.
E, enfim, Luana e Arthur embarcaram para Brasília. O Estágio-Visita começou no dia 25 de novembro de 2024, às 15h e finalizou no dia 28 de novembro, às 13h30. “Neste período, o único gasto que tivemos foi das passagens, as hospedagens e alimentação foram custeadas pelo programa”, explica Luana.
Durante os dias presencialmente na Câmara dos Deputados, os acadêmicos participaram de aulas, debates e discussões sobre o parlamento, a democracia e o funcionando do Legislativo. Em cada edição há um tema, e na que Luana e Arthur participaram, foi abordado “o papel do Estado no enfrentamento das desigualdades”. A partir dele, foram definidos subtemas para elaboração das missões, que são produtos a serem apresentados no último dia. “Optamos por criar um vídeo, que no final foi postado no Instagram, no qual entrevistamos e debatemos com Deputados e Senadores”, explica.


Foto: Arquivo Pessoal
Curiosidade:
Durante o período pré-Estágio-Visita, todos os participantes entraram em contato uns com os outros, e isso resultou no @jovemnacamara, um perfil criado para relatar toda a experiência durante o programa. Este é um futuro contato com os próximos participante, além de viabilizar as informações sobre todo esse processo que é tão pouco conhecido.

Relato final:
“Estar na Câmara dos Deputados como participantes do Estágio-Visita foi uma oportunidade transformadora para nós dois. A experiência superou todas as expectativas que tínhamos. Cada corredor que percorremos, cada debate e conversa que tivemos, nos fez refletir sobre o poder das instituições democráticas em conectar sonhos individuais às mudanças necessárias para o nosso país.
Mais do que aprender sobre o funcionamento do Legislativo, vivemos o impacto das decisões políticas que afetam o presente e o futuro de milhões de brasileiros. Foi emocionante perceber como cada detalhe do processo político carrega a responsabilidade de transformar realidades e de dar voz a quem muitas vezes não é ouvido. Tanto eu, quanto o Arthur, compartilhamos o sentimento de que o poder das instituições vai além da teoria – ele se reflete em ações concretas que moldam o futuro.
Levamos dessa experiência muito mais do que conhecimento técnico. Levamos histórias, conexões humanas e, acima de tudo, uma motivação renovada para sermos agentes de transformação. Saímos inspirados a contribuir, a questionar, a propor e a acreditar que as mudanças começam com pequenas ações – e se tornam grandiosas quando feitas coletivamente.”
Todo texto foi escrito com base na experiência dos acadêmicos Luana e Arthur.
